sábado, agosto 19, 2006

QUEM CONTA UM CONTO...........

Sexta-feira, ao final de um dia de muito serviço.
Já passou da minha hora de ir embora, começo arrumar as coisas, penso são mais de 18:00 hs, vou pegar um trânsito danado.
Quando vejo a Rita, largar o telefone e sair correndo, quase quebrando o salto e o pé, toda apavorada.....gritando que estavam assaltando o edifício e precisávamos fechar a porta.
Olho, e vejo que só sobraram as mulheres no andar.
Umas correndo para a janela, estamos no 10°, e começam a falar que está cheio de viaturas policiais na rua.
Policiais armados com metralhadoras, olho e vejo um tumulto.
Vamos ligar na portaria, fala alguém.
A informação que dão para a Vera, é que não é “nada”, mas é bom manter a porta fechada.
Nem sei direito quanto tempo levou, para baterem na porta de vidro, e alguém foi olhar um pouco assustada, era o João, que vinha do 6° andar, e nem sabia de nada.
Bom, pelo menos agora temos um homem para nos defender.
Vai olhar pela janela também.
Passa um tempo, o pessoal começa a se comunicar pelo telefone.
Maira conta que alguém contou pra ela que o menino que entrega fotos, chegou no 2° andar, e uma mulher se assustou com ele, afinal ele não estava “bem vestido”, e mandou chamar a polícia. Um verdadeiro absurdo, disseram que o menino chorava, e os policiais puxaram até a ficha dele.
Enquanto uma repassa o “conto”, as versões vão se modificando um pouco.
Outra conta que o Fernando estava na portaria na hora será que foi o Fernando que confundiram?.
O João desce para o 6° andar, luzes apagadas, todos trancados na sala de reunião.
Seriam esses homens que nos defenderiam?
A ordem que recebemos, é que para sairmos do prédio era para avisar que seríamos escoltadas. Será que teria um policial para cada um?
Aos poucos, foi tudo voltando ao normal.
As pessoas começaram a ir embora.
Na hora que saí do prédio, ainda olhei um pouco desconfiada, na rua, e percebi que nunca a rua me pareceu tão tranqüila, e fiquei com um pouco de medo dessa calma aparente.
Afinal como dizia o filósofo corinthiano eterno presidente do seu time, Vicente Matheus, “Depois da tempestade vem à ambulância”.
Quando cheguei ao estacionamento, o assunto era o assalto, e comentei sobre o garoto, e todos estavam revoltados com a atitude da mulher, afinal a policia tem muito mais do que fazer, e o menino sofreu discrimação.
Nisso um rapaz grandalhão que estava pegando a chave do carro, falou:
- Por via das dúvidas me tranquei no banheiro.

Bom final de semana.
Beijos

Um comentário:

Anônimo disse...

Bons tempos aqueles!