terça-feira, julho 11, 2006

MORTOS QUE ANDAM.

Mortos que andam
CarlosDrummond de Andrade

Meu Deus, os mortos que andam!
Que nos seguem os passos
e não falam.
Aparecem no bar, no teatro, na biblioteca.
Não nos fitam,
não nos interrogam,
não nos cobram nada.
Acompanham, fiscalizam
nosso caminho e jeito de caminhar,
nossa incômoda sensação de estar vivos
e sentir que nos seguem, nos cercam,
imprescritíveis. E não falam.


Dificil enterrar os mortos.
beijos

3 comentários:

Anônimo disse...

Drumond é sempre magnifico. Meu problema são com os mortos vivos hahaha

Beijos

Anônimo disse...

Minha primeira vez por aqui e de cara me deparo com esse poema magnífico! Adorei o blog! Abraços!

Anônimo disse...

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