segunda-feira, dezembro 05, 2005

BIENAL.



Vista do prédio da Bienal, projeto Oscar Niemeyer - Parque do Ibirapuera
foto: Fundação Bienal de São Paulo.









Foto: Juan Guerra
Fundação Bienal de São Paulo
Vista da Rampa, uma imagem linda.


Foto: Juan Guerra
Fundação Bienal de São Paulo
Inclinação da rampa muito forte, ainda mais quando se vê pessoas mais idosas andando por ela.








Fui à Bienal de Arquitetura.
Essa será a última semana, e estava me sentindo meio que obrigada a ir, é um saco isso, todo mundo perguntando se eu já tinha ido, a última que teve eu não fui.
Então enquanto Sampa inteira assistia a vários jogos fui à Bienal.
Primeiro decidi que não iria de carro, fui de metro e ônibus, e nesse ponto foi tudo muito tranqüilo, mesmo com a ameaça de uma guerra de torcidas pairando nas nossa cabeças, não tive nenhum contratempo.
Eu não gosto muito de exposições, feiras, no prédio da Bienal, já falei aqui, ele é muito grande, tem muitas coisas para você ver, tem uma rampa que tem uma inclinação muito maior do que seria confortável.
Acho que todo mundo ficou assistindo aos jogos, não havia quase ninguém, ou será que todos que deveriam ir já foram?
No começo parecia uma grande propaganda de governo, com muitos projetos.
Às vezes tive a sensação de estar vendo revistas de decoração, com casas coloridas, prédios (que a gente cansa de ver aqui no Jardim Anália Franco, bairro rico da zona leste), conjunto de sobrados (que a gente cansa de ver aqui nos bairros não tão ricos da zona leste).
Esperava encontrar coisas novas, sugestões de tecnologia para a arquitetura, uma arquitetura com materiais recicláveis, planos urbanísticos.....coisas diferentes do que normalmente vemos, no mundo normal da arquitetura do dia a dia.
Os projetos mais diferentes são os projetos de Concursos que de tão arrojados, a maioria vira obra de arte, só para olhar.
Até na parte de instalações da exposição achei fraca, tinha painéis que pareciam ou que foram mal colados ou que choveu encima.
Não sei quem foi o curador da exposição, não sei como os trabalhos foram escolhidos, mas para mim a Bienal que poderia ser Quadrienal.
Na parte dos estrangeiros, gostei das maquetes da China, adorei o material que usaram, ficou uma coisa bem moderna, outra tecnologia.
O toque especial ficou para o representante de Portugal, que teve seu lugar marcado bem numa saída de emergência do prédio, pelo que ele escreveu no painel, não sabia que sua exposição seria ali, porque no projeto original do prédio que é do Niemeyer, não constava uma saída de emergência.

Uma coisa que me emocionou foi a homenagem que fizeram ao arquiteto Oswaldo Correa Gonçalves, que foi um dos professores da faculdade onde estudei, ele que lutou muito para o curso de arquitetura se desvincular da engenharia, ele que quando me formei há 23 anos foi destituído do cargo de diretor, por política e que até a morte dele esse ano ia toda a semana na faculdade, conversar com professores e alunos, na exposição nem citaram que ele foi diretor da faculdade.
E que para quem conhece o Guarujá ele é junto com o arquiteto Jayme Campello Fonseca Rodrigues, autor do projeto do Edifício Sobre as Ondas.

Como a Lúcia falou tinha muita televisão, vídeos, acho que descobri para que era, quando a gente estava muito cansada ficava parada na frente assistindo, foi numa dessas paradas que eu vi o Edu. Edu eu te vi......rsrs...e você estava certo exposições de arquitetura são muito chatas mesmo.
E numa dessas televisões, ao lado da exposição de Le Corbusier os seguranças estavam assistindo o jogo.

Depois de andar tanto quando cheguei ao 3°andar estava com sede e não achei nenhum bebedouro.
Fui comprar água no camelô fora do Edificio, uma água com um gosto horrível, lembrei de uma professora da pós, quando sentir sede fora de casa, beba refrigerante pelo menos você tem uma garantia de controle de qualidade.

beijos. boa semana, com muito sol.

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