quarta-feira, maio 31, 2006

UM DIA DE FÚRIA.

Inicio da noite.
Levo a Ana ao ballet, e aproveito enquanto ela está na aula para ir até o hipermercado.
Estaciono o carro, entro, faço minhas compras, são poucas, o hipermercado está bem vazio, acho que é fim de mês.
Vou para a fila rápida, fila única, tem 2 pessoas na minha frente.
Quando chega a minha vez, acende a luz da caixa 9, olho vejo a 10, e sem prestar atenção vou até o caixa ao lado, ela está só esperando o último cliente acabar de pegar os pacotes, fico ali em pé.
A moça do caixa me informa que tenho que voltar pra fila, porque ela não tinha chamado.
- Mas você não está atendendo.
- Mas eu não chamei – ela me disse.
Sai do caixa, voltei pra fila, aí percebi, que tinha ido na caixa 11.
- Desculpa ter atrapalhado seu serviço – disse para ela – afinal está muito cheio aqui, e você deve disputar quem atende menos.
Acende a luz do caixa 4, estou indo para lá, quando a moça do caixa 8, me diz que ela quem vai atender, que o sinal da 8 não está acendendo.
- Você tem certeza, que é aqui? – pergunto pra ela.
- Sim senhora – ela fala.
- Sabe é que acabei de ser praticamente expulsa, da caixa 11, então agora preciso ter certeza.
- Aqui mesmo – ela me diz – desculpa pelo ocorrido.
Saí de lá nervosa .
No final de um dia, que não acertei o que tinha que ser acertado, porque parece que tem gente que nasceu para te perturbar, lembrei do filme “Um dia de fúria”.
E lembrei de um texto que li do Mário Persona, um arquiteto que foi meu contemporâneo na faculdade, e hoje é escritor e consultor.
Ele coloca um trecho do filme.
Bill, o personagem vivido por Michael Douglas, entra em uma lanchonete. Na bolsa, colocada sobre o balcão, uma metralhadora. Quer um café da manhã, mas é avisado que o café termina às 11:30. São 11:33 e agora só servem almoço. Bill pede para falar com o gerente, Rick

Bill: Rick, já ouviu a expressão "O cliente tem sempre razão?"
Rick: Sim.
Bill: Bom, aqui estou eu, o cliente.
Rick: Não é a nossa política. Você precisa pedir algo do cardápio de almoço.
Bill: Não quero almoço. Quero café da manhã!
Rick: Bem... eu sinto muito.
Bill: Bem... eu também lamento!
Neste ponto Bill tira uma metralhadora da sacola e começa a confusão.


O texto do Mário na íntegra está AQUI.
O site dele é www.mariopersona.com.br

beijos. e um dia mais tranquilo para todos.

Um comentário:

Anônimo disse...

SErá que se comprarmos metralhadoras resolve?????
Heheheh
Beijos e otimo dia a vc